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SAÚDE 2025: Mounjaro é aprovado pela Anvisa para controle de peso em pessoas com sobrepeso e obesidade.

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    santistacleber
  • há 2 dias
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Foto: IA/Destak Jornal
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Joao Macedo


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou oficialmente o uso do medicamento Mounjaro para o tratamento da obesidade e do sobrepeso no Brasil. Antes ao controle do diabetes tipo 2, o fármaco agora poderá ser indicado também para pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m² — ou acima de 27 kg/m² quando houver comorbidades associadas.


Fabricado pela farmacêutica norte-americana Lilly, o Mounjaro é um medicamento injetável que utiliza a substância tirzepatida como princípio ativo. A nova aprovação representa uma alternativa às já conhecidas “canetas emagrecedoras”, como o Ozempic, Wegovy e Saxenda, todas pertencentes à mesma classe de medicamentos voltados ao controle do apetite e da glicose.


Para o endocrinologista Alexandre Hohl, diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a decisão da Anvisa marca um avanço significativo: “A tirzepatida é inovadora, pois utiliza um duplo mecanismo hormonal (GLP-1 e GIP), enquanto as moléculas anteriores utilizam apenas o GLP-1. Todas são moléculas eficazes e seguras, sendo que agora temos um arsenal terapêutico mais amplo e com isso mais pessoas podem ser beneficiadas”, afirma.


Ele reforça que a nova indicação amplia o o a tratamentos eficazes e reforça uma tendência mundial no enfrentamento da obesidade, considerada uma doença crônica.


Tratamento exige acompanhamento e mudanças no estilo de vida


Apesar dos avanços científicos, especialistas alertam que o uso das canetas deve estar sempre vinculado a um acompanhamento médico adequado. Segundo Fábio Moura, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o sucesso do tratamento depende de mudanças no estilo de vida, como prática regular de atividades físicas e alimentação balanceada.


“Tem que manter uma alimentação adequada, tem que fazer exercício físico. Ou seja, não adianta só tomar esse remédio e não fazer outra parte. E por melhor que essas drogas sejam, elas têm seus efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais, embora possivelmente tenham um efeito de proteção renal e hepática e sejam seguras do ponto de vista cardiovascular e psiquiátrico”, observa Moura.


Ele destaca ainda que o medicamento não é indicado para gestantes ou lactantes, já que não há estudos que comprovem sua segurança nesses casos.


Preço ainda é obstáculo


Apesar da liberação, o custo do tratamento com Mounjaro pode limitar seu o. A dose mensal varia entre R$ 1.400 e R$ 2.300, dependendo da quantidade prescrita. Já outros medicamentos da mesma categoria têm preços entre R$ 600 e R$ 1.000 por mês.


O uso de medicamentos como o Mounjaro tem se popularizado nos últimos anos, especialmente por prometer resultados visíveis na perda de peso. No entanto, especialistas reiteram que esses fármacos não são soluções mágicas, e sim ferramentas dentro de uma abordagem clínica mais ampla.


A decisão da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (9) e a a valer imediatamente.




Em homenagem ao Fabiano Bizetto;

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